2Timóteo 3:5
“Tendo forma de
piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.”
Mateus 16:22
“E Pedro, chamando-o à
parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo
algum te acontecerá.”
Introdução:
Compartilho algumas frases
de cristãos que estão sendo muito usadas hoje em dia. Frases piedosas e que
parecem boas, mas podem estar carregadas de erros por quem as profere.
Muita gente tem entrado
nessa onda de uma vida de aparências externas, cheias de amor, atitudes, mas
que estão longe de obedecerem a Deus fielmente.
1.
Vivemos na época da graça
Sim, vivemos! Porém,
não significa poder fazer o que quiser. A graça não anula a Lei. Continuamos com
nossas obrigações de observar a Lei por amor a Cristo.
A maneira de agradarmos
a Cristo é obedecendo aos mandamentos. Para alguém ir até Cristo é preciso que
alguém mostre essa necessidade. A Lei faz essa tarefa.
Sem a Lei não haveria
necessidades de alguém buscar um salvador. Sem condenação, sem Salvador. Cristo
viveu cumprindo toda a Lei e, se Ele é nosso modelo de vida, faremos
(tentaremos) o mesmo que Ele.
A única diferença é que
no VT a Lei condenava e não apontava uma saída. Agora, na nova Aliança, a Lei
continua a condenar, mas temos uma saída, Cristo é nossa direção.
2.
Todos os pecados já foram perdoados
Sim, foram! Jesus pagou
pelos pecados do seu povo, tanto do passado, presente e futuro. Porém, isso não
significa que o pecado perdeu a gravidade. Longe disso!
O pecado continua tão
grave que levou Jesus à cruz. Éramos nós para estarmos ali. Um Deus santo é
ofendido por cada pecado que cometemos, inclusive aqueles que achamos insignificantes.
É preciso confissão por
cada pecado. É preciso arrependimento, choro e compreensão da gravidade do
pecado.
3.
O mais importante é o amor
Sim. É verdade que o
amor é importante. Mas nem tudo que é amado pelo homem é permitido. Jo 14:21 “Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”.
Quem ama, obedece! Não
há amor sem obediência. Um filho que desobedece, desonra seu pai e mostra que
não o ama.
O importante nunca será
o que te faz feliz, mas aquilo que traz honra ao Criador. Não adianta dizer que
existe amor entre duas pessoas do mesmo sexo, que existe amor em coisas que não
agradam a Deus, que vai de encontros com as Escrituras Sagrada.
No final, muitas
pessoas que investiram em seus amores contrários à palavra de Deus terão como
destino o inferno. Obedecer é melhor que qualquer coisa.
4.
Não é tão grave assim. Tem pessoas piores
Pode até ter, mas é
grave! Não minimize o seu pecado. Nunca tente se comparar com outro pecador.
Gostamos de nos
comparar sempre com pessoas que consideramos piores que nós. Sempre tentamos
nos justificar apresentando o erro dos outros. Esse nunca deve ser o critério
do cristão.
Cada um dará contas a
Deus de seus erros. Seu pecado é grave, é muito grave. Não banalize isso.
5.
Você está muito radical
É o mesmo que Pedro
falou a Jesus. “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te
acontecerá”. Ele pede para Cristo não ser entregue à morte. Uma frase
piedosa, mas carregada de malignidade.
As pessoas que falam
isso querem fazer você pensar que as coisas que Deus fala e faz é muito
radical. Que a bíblia é radical, que não precisa tudo isso, que dá para
atualizar.
Pode parecer radical,
mas é preciso lembrar que os ensinamentos de Cristo são claros e exigem uma
obediência sincera e completa.
A vida cristã não é um
caminho fácil, mas é um caminho que traz honra e glória ao Criador. Assim como
Paulo nos adverte em Romanos 12:2: "E não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento..."
Portanto, seguir a
Cristo pode muitas vezes parecer um caminho radical aos olhos do mundo, mas é o
chamado para uma vida de santidade e dedicação.
6.
Quem sou eu para julgar
Essa é uma frase que
ouvimos de muitos cristãos. No dicionário, julgar
significa avaliar, emitir opinião, formular um juízo. A única coisa que precisa
é que os parâmetros do julgamento devem ser corretos e verdadeiros.
Nós julgamos determinados assuntos, determinadas doutrinas. Julgamos
livros, filmes, pregações etc.
Muita coisa tem que passar por avaliação para sabermos se realmente é
boa. 1 Te 5:21: “julgai todas as coisas, retende o que é bom”.
Ou seja, nós devemos avaliar da maneira correta, não para a destruição,
mas para a construção.
1 Co 10:15 “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo”.
De que maneira podemos ajudar alguém que esteja em pecado se não
avaliamos sua condição?
Os erros se propagam quando quem conhece a
verdade se acovarda de dizê-la. É isso que os falsos mestre querem.
Por esta falta de julgamento está prosperando
um evangelho fantasioso, sem padrão, sem rótulo, podendo fazer o que quiser e
quem se meter é religioso e fariseu.
7.
Eu sou a igreja
Não sei quem inventou isso.
Em nenhum lugar a Bíblia menciona isso. Somos membros do corpo, mas não somos o
corpo todo.
Assim como corpo, a
igreja é formada por todos seus membros. O fato de sermos “Templos do
Espírito Santo” não significa que nosso corpo é uma igreja.
Desigrejados usam essa
frase piedosa para abandonar a igreja visível e não mais participar do culto em
comunidade. Porém, esquecem que precisam do corpo, precisam dos sacramentos, da
disciplina, da ajuda aos demais e de desenvolver os talentos que foram
concedidos por Deus.
8.
Deus aceita do jeito que você é
Não tem frase mais
piedosa que essa. Pode ser um consolo para muitos, mas é frequentemente mal
interpretada.
Deus nos ama
incondicionalmente, isso é verdade. Ele nos aceita e nos chama exatamente como
somos, com todas as nossas falhas e imperfeições. No entanto, não podemos
permanecer da mesma forma.
Não há conversão sem
mudança de vida. Quando Deus nos chama Ele muda nossas atitudes e
comportamentos. Deus lhe aceita, mas não do jeito que você é.
Ele nos transforma, nos
molda à imagem de Seu Filho, Jesus Cristo. Esse processo de transformação é
contínuo e envolve arrependimento, mudança de comportamento e crescimento
espiritual. É um convite a uma vida nova, de acordo com os princípios do
Evangelho.
9.
Aquela igreja evangeliza muito e faz muitas
ações
Realmente tem igrejas
que evangelizam mais, que vão aos presídios e promovem caridades. Mas será se a
marca de uma igreja saudável é essa? Fazer caridades e evangelismos? Claro que
não!
Apesar de serem bons
trabalhos, mas não é isso que caracteriza uma igreja bíblica. Antes de qualquer
coisa é preciso que a igreja tenha uma doutrina bíblica. Precisa ser uma igreja
que preze pelo verdadeiro estudo da Palavra de Deus, que não seja levada por
doutrinas de homens.
Uma evangelização
superficial resultará em falsos crentes. Evangelizar sem a verdadeira doutrina
resultará em várias heresias.
Uma boa doutrina
bíblica deve nos fazer evangelizar, mas sem uma boa doutrina levará a falsos
motivos de evangelização e corromperá o evangelho.
10.
Aquela igreja
cresce muito
Pode até ser verdade,
mas o sucesso nunca foi medido por números de membros.
Muitas vezes, as
igrejas que crescem rapidamente podem estar oferecendo uma mensagem diluída,
que agrada aos ouvidos, mas não transforma vidas.
O crescimento saudável
de uma igreja deve ser avaliado pela profundidade do compromisso de seus
membros com Cristo, pela fidelidade à doutrina bíblica e pela manifestação do
amor cristão genuíno.
Uma igreja que cresce
de forma saudável é aquela que prega fielmente a Palavra de Deus, discipula
seus membros e os equipa para viverem de acordo com os ensinamentos de Jesus. É
uma igreja que se preocupa em cuidar do seu rebanho, em proporcionar um ambiente
de adoração sincera e em promover o crescimento espiritual constante.
Não devemos nos deixar
levar pelas aparências ou pelo sucesso aparente. Em vez disso, devemos buscar
uma igreja que esteja firmemente enraizada na verdade do Evangelho e que se
esforce para viver de acordo com os princípios bíblicos.
Que Deus tenha
misericórdia de nós!!
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