A história de Esaú e
Jacó
Gn 25:19-34
Introdução:
Este texto nos conta
um pequeno relato sobre a família de Isaque e Rebeca.
Isaque era da
descendência da promessa feita a Abraão.
Era de Isaque que
surgiria uma numerosa descendência.
Porém, Rebeca era
estéril. Algo trágico para um casal.
Defrontamo-nos, mais
uma vez, com o problema pelo qual passou o pai de Isaque, Abraão.
Poderia Deus cumprir
a promessa feita ou precisaria ele de uma pequena ajuda nossa?
Quando as promessas
de Deus parecem difíceis, o inimigo entra em cena oferecendo-nos atalhos.
Os atalhos oferecem
soluções, porém, por meios errados.
Oferece dinheiro
pela corrupção. Emprego através da mentira. Notas boas por meio de cola.
Para Abraão e Sara
apresentou a serva egípcia chamada Agar (Gn 16).
O que fazemos diante da dificuldade? Acreditar em Deus ou ir pelo atalho.
Desenvolvimento:
Como, portanto,
reagiu Isaque a essa situação?
O texto diz: Ele
orou ao Senhor por Rebeca.
O Senhor respondeu
às preces de Isaque e Rebeca engravidou (Gn 25.21).
O texto faz isso
parecer simples, porém, não foi tão simples assim.
Isaque e Rebeca
esperaram por vinte anos.
Não houve nenhuma
Agar no caminho e os atalhos não interessavam a Isaque e Rebeca.
Eles acreditavam em Deus e deixaram o resultado por conta dele.
Início de um conflito
Os longos anos de
espera terminaram e ela descobriu que tinha sido abençoada com gêmeos.
Ao falar da
concepção dos gêmeos, o texto nos mostra um conflito.
Jacó ainda não é nem
mesmo nascido, e já está envolvido em uma disputa com o irmão Esaú.
Nasce segurando o
calcanhar do irmão, como se estivesse tentando ultrapassá-lo ou derrubá-lo.
Jacó, com todos os
seus defeitos, é o exemplo perfeito de como o favor imerecido de Deus.
O propósito de Deus
é cumprido mesmo com o material menos promissor.
Rebeca havia
recebido uma resposta de Deus:
“Duas nações há no
teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte
que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço” (Gn 25.23).
Deus estava invertendo o modelo usual das coisas.
A eleição de Deus
O modelo aparece
repetidas vezes.
Em toda bíblia, Deus
escolhe o rejeitado, aquele que não tem nada para usá-lo em sua obra.
Por que Deus atua
dessa maneira? Paulo nos explica isso em Romanos 9.10-12:
E não ela somente,
mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. E ainda não eram os
gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de
Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama),
já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço.
Deus pretende deixar
claro, desde o começo, que não existe mérito para ele.
Ele escolhe sem
consultar nada e nem ninguém.
Nossa salvação
depende da graça e não do mérito.
Deus não presta
atenção às reputações.
Ele escolhe as
coisas mais insignificantes do mundo, para humilhar o sábio.
Ele escolhe o desfavorecido para mostrar que tudo depende da graça, do princípio ao fim.
Basta obedecer
A família que estava
bem começa a desmoronar quando deixa de ensinar a palavra de Deus.
É assim com toda
família que esquece a voz de Deus.
O que deveria ter
acontecido era preparar os meninos para aceitarem os planos de Deus.
Quantas desarmonias
familiares não teriam sido evitadas se as palavras de Deus tivessem sido
ensinadas.
Rebeca já tinha
ouvido que o mais velho serviria o mais moço.
Por que ela não
ensinou isso desde o começo a Esaú e Jacó?
Os pais não ensinaram a voz de Deus.
Um erro familiar
Surge outro problema
na família.
As diferenças entre
os dois levam à existência de um favoritismo por parte dos pais.
“Isaque amava a
Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó”.
O favoritismo era
por aquilo que os filhos faziam pelos pais.
Isaque saboreava a
caça, por isso amava Esaú.
É muito fácil gostar
mais daqueles que fazem o que gostamos.
Mt. 5.44 amai os
vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.
O terreno estava sendo preparado para que os pais tivessem uma vida de desentendimentos devido aos filhos.
Procura de atalhos
Esaú foi caçar nos
campos e voltou para casa faminto.
Chegou diante da
tenda de Jacó, encontrou o irmão a preparar um guisado de lentilhas.
Pediu um pouco a
ele. Não havia nada de anormal nisso; acontece nas melhores famílias.
O que não era normal
foi o que aconteceu depois.
Numa situação como
essas, a maioria das pessoas diria: “Puxe uma cadeira, irmão, e prove
um pouco desta sopa.”
Mas o egoísta Jacó
disse a Esaú: “Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura”.
O que Jacó estava
fazendo? Ele estava tomando atalho.
Ele não quis esperar
pelo cumprimento da promessa “o mais velho serviria ao mais moço”.
Em vez disso, Jacó
procurou usar de esperteza e resolver o problema por
conta própria.
Esaú não devia ter concordado com a proposta.
Quando o prazer nos derrota
O texto retrata um
homem dominado pelo desejo de satisfazer a fome.
Estava disposto a
trocar qualquer coisa por um instante de prazer.
Mas, antes que você
e eu o julguemos, nós próprios não fazemos o mesmo?
Quantas vezes nós
trocamos Deus por prazeres momentâneos?
Caímos em tentações
porque não conseguimos segurar nossas vontades.
Quantas pessoas
perderam a carreira devido a prazer momentâneo.
Perderam reputação,
família, testemunho e, até mesmo, de sua própria vida em busca da satisfação de
um determinado momento?
Existe alguma vontade que valha para você mais do que o reino de Deus?
O desprezo pelas coisas de Deus
Deus retirou de Esaú
apenas aquilo a que ele não dava valor.
É assim que sempre
se dá o processo de escolha.
Aqueles que não
foram escolhidos, não perdem algo que prezam, mas algo que nunca prezaram.
Noé não teve de
lutar para deixar o povo fora da arca.
Ele não teve de
ficar apontando nenhuma arma para a multidão, para que ela não entrasse na
arca.
O que aconteceu foi
o contrário: apenas aqueles cujo coração fosse movido por Deus tomariam abrigo
na arca.
Não é isso o que
sempre vemos? Há uma multidão que não se interessam por Deus.
Deus continua a
escolher e a chamar os seus.
Mas aqueles que não são escolhidos não têm do que se queixar, pois não desejam ser.
Esperar com paciência
Jacó não estava
disposto a esperar pacientemente até que Deus cumpra o prometido.
Jacó quer aquela
bênção, e a quer imediatamente!
Talvez você também
já tenha sofrido uma tentação como essas.
Deseja receber a
cura de Deus, ou que Deus lhe dê um cônjuge ou um filho, ou o livre de uma
situação muito difícil.
É compreensível que,
diante desses anseios, oremos a Deus para que ele atue em nossa vida.
Mas, se quisermos
que isso seja feito imediatamente, então, é preciso ter cuidado.
Quando isso
acontece, tornamo-nos presas fáceis dos atalhos.
Mas, como sempre, os
atalhos não levam a lugar algum.
Prometem uma maneira
fácil, mas nos colocam em perigo de vida.
A obediência pode
parecer a escolha mais difícil em dado momento.
Deixar tudo por conta de Deus pode parecer sempre difícil, mas, no fim, acaba-se revelando o meio mais fácil.
Conclusão:
Somente Cristo
O que Deus fará com
esses dois?
Um deles atribui ao
seu direito de primogenitura menos valor do que a um prato de sopa.
O outro faz desse
direito uma mercadoria a ser comprada.
Qual desses dois
deve ser escolhido por Deus para ser salvo?
Qualquer um de nós
responderia que nenhum dos dois merecem.
Nenhum deles merece
que Deus lhes toque o coração.
Se você entende
assim, então parabéns. Agora você entende o evangelho da graça.
Nunca vamos merecer
a salvação. Ninguém merece.
Apenas a graça de
Deus pode abrandar o pecado e o egoísmo de Jacó.
Jesus é o salvador de que precisamos.
Aplicações:
Não desista! Ore.
Seguir a palavra de
Deus no lar é sempre o melhor caminho.
A salvação é pela
graça de Deus.
Nunca procure
atalhos.
Não troque a vida
eterna por momentos de prazer.
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