A importância dos
votos e ofertas
Levítico 27.34
Introdução:
Há apenas um
problema em se fazer uma promessa – mantê-la.
Cumprir uma promessa
não tem a mesma importância hoje que já teve em outros tempos.
Vivemos num mundo
acelerado, em que ser o primeiro é mais valorizado do que estar certo.
Já que a mentalidade
de hoje é a de “sair na frente”, não é de admirar que isso gere decisões
precipitadas.
Alguns chamam isso
de “arrependimento do comprador”.
Muitos se arrependem
após fazer tatuagens.
“Pense antes de
pintar” é, agora, o conselho popular dado aos potenciais clientes.
Desenvolvimento:
O último capítulo do
livro de Levítico fala a respeito de fazer votos.
Um voto nada mais é
que um juramento que uma pessoa faz.
Às vezes as pessoas
firmam compromissos com Deus.
Estes podem ser
formais ou apenas sussurradas no nosso íntimo em tempos de aflição.
O livro se encerra
com o tema dos votos porque todo o livro de Levítico tratou das promessas que
Deus fez ao seu povo.
Um alerta para
nossos dias
Deus havia se
mantido fiel em todas as instâncias do seu voto.
A pergunta que surge
é, como vocês estão se saindo no cumprimento do que juraram a Deus?
Este capítulo contém
uma mensagem que permanece válida para nós.
E essa é uma
mensagem à qual precisamos prestar atenção.
Principalmente pela
tentação que temos de renegociar nossos compromissos com Deus.
Algo comum do povo
de Deus
A existência de um
capítulo inteiro dedicado à regulamentação dos votos dá a entender que fazer
votos ao Senhor era algo suficientemente comum.
Os votos eram feitos
a partir de um coração grato a Deus pela sua bondade e misericórdia.
A fidelidade no voto
Se Deus é fiel,
então seu povo também deve ser.
A fidelidade de Deus
obrigava os israelitas a proceder de maneira fiel em relação aos votos que
faziam a Deus e aos outros.
O salmista
declara, “Fazei votos e pagai-os ao Senhor, vosso Deus; tragam
presentes todos os que o rodeiam, àquele que deve ser temido” (Sl
76.11).
Jesus ensinou no
sermão do monte, “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que
disto passar vem do maligno” (Mt 5.37).
Ser honesto na nossa
resposta a Deus e no modo como tratamos com os outros é o que Jesus espera.
Quando se tratava de
fazer votos, por vezes eles os faziam baseados em entusiasmo momentâneo, sem
pensar muito bem nas consequências.
E havia ocasiões em
que eles negligenciavam seus votos, recusando-se a cumprir suas estipulações.
Compromissos
precipitados
A Bíblia adverte
contra as decisões precipitadas.
“Laço é para o homem
o dizer precipitadamente: É santo! E só refletir depois de fazer o voto” (Pv
20.25).
Isso significa que,
se uma pessoa fizer uma dedicação ao serviço de Deus, essa deve ser uma decisão
seriamente considerada.
A seriedade do voto
As pessoas
expressavam votos de agradecimento consagrando seus bens materiais.
Isso significava a
doação de animais, casas e porções de terra.
Jacó, o patriarca,
fizera um voto desse tipo ao Senhor.
Ele jurou devolver a
décima parte de tudo o que ele adquirisse se o Senhor permitisse que ele
voltasse em segurança para a sua terra natal (Gn 28.20–22).
O que vemos nesse
exemplo é que fazer votos ao Senhor era um negócio custoso e requeria uma
decisão cuidadosa.
Os israelitas
encaravam seus juramentos com muito mais seriedade do que as pessoas hoje.
Nós banalizamos a
Deus quando fazemos promessas vazias ou imaturas.
O salmista
declara, “Assim, salmodiarei o teu nome para sempre, para cumprir, dia
após dia, os meus votos”
Uma promessa com
integridade
A importância da
integridade nas nossas promessas é ilustrada pelas mortes assustadoras de um
homem e sua esposa nos primeiros dias da igreja.
Atos 5.1–11 relata a
mentira de Ananias e Safira, que deram à igreja o produto da venda de uma
propriedade.
Porém, mentiram ao
Espírito Santo por alegar falsamente que haviam dado todo o
valor da venda.
O crime deles não
foi reter parte do valor, mas o fingimento.
As ofertas que
fazemos
Sob vários aspectos,
os ensinamentos do Novo Testamento a respeito das ofertas ao Senhor são
paralelos ao que descobrimos no antigo testamento.
Hebreus 13 nos
exorta: “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua
cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (v. 16).
A prática das
ofertas na igreja incluía a liberalidade, a fidelidade e a proporcionalidade.
Como cristãos, nós
juramos aliança à causa de Cristo.
Dedicamos nossa
alma, nossas esperanças, mas às vezes tropeçamos na hora de dedicar nossos bens
materiais.
Na nossa cultura de
riquezas há certa hesitação em revelar o quanto ganhamos, porque isso teria um
impacto direto na nossa posição na sociedade.
No entanto, essas
pessoas não hesitam em contar detalhes íntimos da sua vida nas redes sociais.
Como cristãos,
podemos dar um grande testemunho acerca de nossas prioridades celestiais ao
lidarmos com o nosso dinheiro de modo piedoso.
Para que ofertar?
Hoje, um dos
entraves às nossas ofertas na igreja é a confusão que alguns cristãos fazem
quanto ao destinatário dos nossos recursos.
É para o Senhor?
Para a igreja como instituição? Para o pastor?
As ofertas que
levamos para a obra da igreja visando à expansão do evangelho são dedicadas ao
Salvador, não à liderança da igreja.
É certo que nossas
ofertas estão sob a guarda dos líderes, os quais, em Deus, devem agir com
integridade.
Se não podemos
concordar com a obra do Senhor na nossa igreja com boa consciência, deveríamos
considerar mudar para outra igreja.
Não devemos ser
culpados de negligência ou de manter a igreja como refém devido à nossa
insatisfação pessoal.
Somos frutos de
ofertantes
Estamos sobre os
ombros daqueles que vieram antes de nós.
Que fizeram ofertas
de sacrifício pelo evangelho de Cristo.
Esses sacrifícios
não foram apenas ofertas em dinheiro, mas em tempo, energia e carreiras.
Nós somos os
beneficiários dos santos que nos precederam.
Os fundadores das
nossas igrejas deram a si mesmos e seus recursos para tornar o evangelho
conhecido a nós e aos nossos queridos.
Ofertas planejadas
Não devemos fazer
nossos votos de maneira despreocupada para não sermos acusados de
irresponsabilidade.
Com frequência o
livro de Provérbios refere-se ao planejamento como algo necessário na
experiência humana, e recomenda que seja feito:
“Os planos do
diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza” (Pv 21.5).
Podemos capturar a
mensagem desse capítulo, e assim, de todo o livro, em uma sentença:
“O evangelho
vigoroso exige uma resposta vigorosa de uma pessoa vigorosa”.
Aplicações:
Deus é fiel em suas
promessas. Como estão as nossas?
Precisamos ter
seriedade em cumprir nossas promessas feitas a Deus.
Nossa vida deve ser
com integridade e compromisso com Deus.
A nossa vida deve
ser de entrega a Deus e a sua obra. Por isso devemos amar participar com nossos
bens.
As nossas ofertas
devem servir para a propagação do evangelho (manutenção), o discipulado e a
ajuda aos necessitados.
Se hoje eu e você
estamos aqui, salvos por Cristo, é porque muitos colaboraram para a obra chegar
até nossas vidas.
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