Vamos aproveitar a
vida
Eclesiastes 9.7–10
Introdução:
Eclesiastes fala
principalmente sobre os problemas da vida.
Nossa existência
debaixo do sol é vaidade e correr atrás do vento.
No entanto, este não
é o único tema do livro.
Ele não fala só
sobre a dor, mas também sobre os prazeres da vida.
É sobre a alegria de
viver que quero falar. Que neste novo ano possamos ter muitos motivos para nos
alegrar.
Desenvolvimento:
Essa passagem parece
contradizer o que o Pregador (Autor) diz sobre a frustração da vida sob o sol.
Aqui há dois motivos
pelos quais não devemos menosprezar o que Pregador diz sobre a alegria.
As passagens de
alegria nos oferecem uma perspectiva equilibrada da vida.
A despeito de todas
as dificuldades, existem também muitas coisas que podemos desfrutar.
O mesmo Pregador que
disse que “tudo é vaidade” também veio a crer que a vida oferece alegria.
O Salomão de
Eclesiastes não está incentivando uma vida de prazer e luxúria.
Ele está falando que
apesar dos problemas devemos nos alegrar na vida.
A alegria oferecida
é porque ele têm Deus como seu centro.
Por que devemos nos
alegrar comendo, bebendo e trabalhando?
Porque essas
atividades provêm “da mão de Deus”.
O Pregador (ou você)
pode estar frustrado com a vida, mas ainda reconhece as dádivas que vêm de
Deus.
Um coração alegre
tem a aprovação de Deus.
Os prazeres da vida
Que tipo de prazeres
Deus deu para que o seu povo os desfrutasse?
O Pregador menciona
pelo menos quatro: satisfação, conforto, companheirismo e sua utilidade.
Satisfação.
Ele começa com os
prazeres básicos de comer e beber:
“Vai, pois, come com
alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho” (Ec 9.7).
A palavra “vai”
transmite um senso de urgência. É um imperativo.
Não é sobre comer e
beber, mas o fato de satisfação.
Quando
compartilhamos a mesa uns com os outros temos alegria e satisfação.
Sinta satisfação na
vida.
Não podemos ser
pessoas tristes, pois, temos Jesus conosco.
Conforto.
A celebração
continua no versículo 8: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e
jamais falte o óleo sobre a tua cabeça.”
No antigo oriente
Próximo, roupas brancas eram as “roupas de festa”.
O Pregador estaria
nos instruindo a usar o nosso smoking e o nosso vestido de gala.
Nos instrui também a
usar um doce perfume.
Ungir a cabeça de
alguém com óleo significava derramar algo muito cheiroso.
Não ter apenas uma
aparência boa, mas também cheirar bem.
O Pregador está nos
preparando para uma festa.
Não fique apenas
trabalhando e juntando dinheiro, mas procure conforto para você.
Companheirismo.
O Pregador nos
convida também a “gozar a vida com a esposa que amas” (Ec
9.9).
O Pregador está
falando dos prazeres diários do casamento e da vida em família.
Aproveite o seu
casamento. Viva diária e intensamente seu casamento.
É difícil imaginar
como um homem pode desfrutar sua esposa (ou como ela pode se alegrar com ele)
se ele não estiver dedicado a amá-la como Cristo amou.
Amor e alegria andam
juntos.
Utilidade.
O último prazer que
o Pregador menciona é o trabalho.
“Goza… o trabalho
com que te afadigaste debaixo do sol” (Ec 9.9).
A expressão “debaixo
do sol” não se refere a um trabalho exaustivo no calor do dia.
Se refere a qualquer
coisa que Deus tenha nos chamados para fazer.
O trabalho é uma
dádiva de Deus. É ser útil e produtivo.
No versículo 10, ele
reforça o que diz sobre o trabalho dando uma ordem poderosa:
“Tudo quanto te vier
à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Ec 9.10).
Devemos fazer tudo o
que estiver ao nosso alcance e trabalhar com todas as nossas forças.
Como é fácil deixar
as horas passar. Como é grande a tentação de ganhar sem trabalhar.
Não é isso que Deus
requer de nós.
O puritano William
Perkins disse: “Devemos estar atentos a dois pecados condenáveis… O primeiro é
o ócio, quando negligenciamos ou omitimos… as obrigações do nosso chamado. O
segundo é o desleixo, quando elas são realizadas de forma desleixada ou descuidada”.
Não importa qual
seja o nosso trabalho, devemos realizá-lo com todas as nossas forças.
O perigo dos
prazeres
Há milhões de
maneiras de aplicar essa passagem, com chamado a um hedonismo cristão.
Podemos nos distrair
tanto com os prazeres terrenos que perdemos a nossa paixão por Deus.
Como é tentador
adorar o presente e esquecer o Presenteador!
Algumas pessoas
vivem em função da comida.
Algumas pessoas são
viciadas em vinho ou bebidas fortes.
Outras vivem em
função de um relacionamento.
Há, então, as
pessoas que vivem em função do seu trabalho.
Na verdade, estão
vivendo em função do dinheiro que seu trabalho produz.
Os prazeres que as
pessoas buscam costumam ser bons em si mesmos.
O perigo surge
quando eles assumem o lugar de Deus.
“Pecado não é só
fazer coisas ruins”, escreve Tim Keller, “mas fazer das coisas boas as coisas
fundamentais.
A lista de coisas
boas que podem obstruir o caminho de Deus é infinita.
O mundo está cheio
de coisas boas que trazem prazer à vida.
A graça da gratidão
Alguns cristãos
lidam com esse perigo recorrendo à abnegação.
Em vez de permitir
que certos prazeres os afastem de Deus, eles os negam a si mesmos.
É preciso ter
sabedoria.
“Todas as coisas são
lícitas”, dizem as Escrituras, “mas nem todas convêm” (1Co 10.23).
Devemos receber o
prazer com gratidão, devolvendo as nossas ações de graças a Deus.
Apenas Deus é “a
fonte de todas as dádivas da vida terrena: seu pão e vinho, festas e trabalho,
casamento e amor”.
“Obrigado, Pai”
nunca deveriam estar longe de nossos lábios agradecidos.
Jesus é nosso prazer
maior
Os prazeres em
Eclesiastes 9 são todos prazeres que Jesus desfrutou durante o seu ministério
terreno.
Toda obra que Jesus
fez por nossa salvação, ele a fez com todas as suas forças.
Jesus nos dá o pão
de cada dia (veja Lc 11.3).
Ele alegra o nosso
coração com o pão e o vinho da Ceia do Senhor.
Ele ungiu as nossas
cabeças com o óleo do Espírito Santo.
Ele nos convidou
para o banquete de núpcias no céu.
Ele prometeu nos dar
uma roupa branca imaculada para usarmos em seu reino eterno.
Daqui até a
eternidade, todo o prazer que experimentamos é uma dádiva do nosso Salvador.
Contando os nossos
dias
O Pregador termina
lembrando-nos de que os nossos dias estão contados.
“Porque no além,
para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria
alguma” (Ec 9.10).
Todos nós morreremos
e que quando isso acontecer será o fim do nosso trabalho na terra.
Nossos prazeres
terrenos estão nos dizendo que fomos feitos para outro mundo.
Cada dia de trabalho
honesto nos aproxima um dia do nosso descanso eterno.
Cada refeição boa é
um lembrete de que fomos convidados para o último e melhor dos banquetes.
Cada festa centrada
em Deus antecipa a celebração celestial que não terá fim.
O casamento também
nos prepara para a glória.
Quando recebermos
esses prazeres do céu, entenderemos que os experimentamos primeiro aqui na
terra.
Aplicações:
Precisamos nos
alegrar cada dia de vida. Cada oportunidade que Deus nos dar.
Deus foi que lhe deu
a vida. Não a desperdice com tolices.
Nunca deixe Deus de
fora do foco de sua vida.
Quais foram os
sentimentos em nossos corações?
Como estão meus
relacionamentos?
Qual o nível de
qualidade de seu relacionamento com Deus?
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