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BATISMO POR ASPERSÃO – O QUE A BÍBLIA TEM A DIZER

 


Mt 28:19 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”

SACRAMENTO

O nosso Breve Catecismo diz que “o batismo é o sacramento no qual o lavar com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa e sela a nossa União com Cristo, a participação das bênçãos do pacto da Graça, e nosso compromisso de pertencemos ao Senhor” (Breve Catecismo pergunta 94).

Os Sacramentos são ordenanças instituídas por Cristo para serem o selo e sinal da nossa união com Ele.

O batismo foi instituído na grande comissão, mencionada em Mateus 28:18-20.

Batismo é o rito de ingresso na Igreja Visível de Jesus Cristo. Sem o qual, não se entra para a comunidade visível, dos que professam a fé Cristã.

O batismo não é qualquer coisa, tem valor e muito valor.

Batismo apenas uma vez. Portanto, rejeitamos o erro dos anabatistas, que não se contentam com o batismo que uma vez receberam.

Não é um Atestado de Salvação

‘‘Eles saíram do nosso meio (da igreja visível), porque não eram dos nossos (membros da igreja invisível); porque se tivessem sido dos nossos (da igreja invisível), teriam permanecido conosco (na igreja visível); todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos (da igreja invisível)’’ (1 Jo 2:19).

Não é Meio de Salvação

Esta doutrina (da regeneração batismal) é ensinada pela Igreja Católica.

Não é Essencial à Salvação

Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado Mc 16:16.

O ladrão arrependido na cruz é evidência incontestável disso.

Não existe um texto bíblico que instrua sobre a forma correta de se batizar.

Não há menção que Cristo tenha emergido totalmente na água. Não se pode fazer doutrina em cima de exemplos.

Não existe nem ordem e nem declaração de Nosso Senhor Jesus Cristo e nem dos santos apóstolos exigindo a imersão.

A palavra grega “baptizo” não significa (batismo em português) EXCLUSIVAMENTE “imergir, mergulhar”.

Mateus 3.11 - “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Espírito Santo sendo derramado sobre as pessoas.

Joel 2.28 “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”.

Marcos 7.4 “quando voltam da praça, não comem sem se aspergirem (batizar); e há muitas outras coisas que receberam para observar, como a lavagem de copos, jarros e vasos de metal [e camas])”.

A expressão “lavar” neste texto, é, no grego, ‘batismo’, e esta lavagem ritual judaica era feita vertendo-se água, derramando-a nos utensílios ou nas pessoas.

Hebreus 9.10 “os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma”.

A expressão “abluções” deste texto, é em grego ‘batismos’, e tais abluções eram aspersões no Antigo Testamento (Ex 29.21).

Existem alguns casos de batismos na Bíblia onde a imersão seria impraticável:

Atos 2.41 - Três mil batizados em um só dia, na desértica Palestina, contando a igreja com apenas doze oficiais (os apóstolos), seria uma impossibilidade física (250 convertidos por oficial batizante), impossibilidade geográfica (pois a Palestina é carente de água) e impossibilidade lógica (pois os judeus não permitiriam o uso dos grandes rios de Israel para o batismo cristão de milhares de ex-adeptos do judaísmo).

Levemos ainda em conta que este fato se deu em Jerusalém, cidade que não é cortada por rio algum, e o mesmo texto não fala e nem insinua o deslocamento das pessoas que foram batizadas.

Atos 9.18 “A seguir, levantou-se e foi batizado”.

Paulo não foi imerso: Não há como negar que Paulo foi batizado em pé. Há uma ação simultânea entre o levantar e ser batizado. Não há por que supor que havia um tanque batismal na casa para isso, pois, tal não era a prática de judeus já apegados a aspersão.

Nada indica que procuraram um rio para imergi-lo, pois era fisicamente impossível. Ele foi batizado de pé.

Atos 16.33 “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus”.

O carcereiro de Filipos foi batizado de madrugada, após um terremoto, como não havia luz elétrica era impossível procurar um rio naquelas condições e se houvesse qualquer tanque na prisão provavelmente não sobreviveria ao terremoto, a imersão era ali impraticável.

O modo de imersão é desfavorável à prática universal, enquanto os outros modos podem ser usados em qualquer lugar, em qualquer tempo ou estação do ano e a qualquer pessoa: na solidão do deserto, ou no meio da cidade apertada; ao lado do Jordão, na casa de Cornélio, na prisão de Filipos, na cruz do penitente, ou na cama do enfermo, ou do moribundo.

·Além disso, o batismo pela aspersão pode sempre se realizar com decência, modéstia e segurança, o que não se pode dizer da imersão como muitos poderiam testificar

Por uma questão de coerência

Quando o Senhor Jesus Cristo instituiu a Santa Ceia, fê-lo durante o jantar pascal judaico (Mateus 26.17-30).

Jesus tinha em suas mãos pão ásimo de tamanho normal (pois era um jantar) e vinho com teor alcoólico (haja visto alguns, em Corinto, se embriagarem - 1 Co 11.20-22).

Hoje em dia, quase a unanimidade das igrejas evangélicas celebram a Ceia com minúsculos pedaços de pão (geralmente, fermentados) e suco de uva, o que demonstra claramente que a forma não implica na validade ou não do ato.

Se como querem alguns, o batismo só é válido por imersão, pelo fato de, segundo eles, Jesus e outros terem sido assim batizados (sendo que há sérias dúvidas sobre isto), a Ceia só seria válida com pão ásimo, vinho alcoólico e em quantidade de refeição completa.

Como sabemos que, no caso da ceia, ninguém exige a chamada ‘forma original’, por coerência não podemos exigir também o mesmo no batismo, se é que podemos determinar qual a ‘forma original’ do batismo cristão.

João apareceu batizando no deserto, porém, não houve mostras de surpresas ou ignorância. Ele pregou o batismo de arrependimento (não era para fé, não era no nome da Trindade, não introduzia as pessoas à igreja e os que foram batizados por João, foram batizados novamente pelos apóstolos, At 19:1-5) mas havia outros.

O batismo, na verdade, era uma cerimônia religiosa e eram praticados para tirar a impureza contraída na praça ou em qualquer lugar exposto.

Em parte alguma da lei de Moisés se estabelece a imersão como forma.

A imersão não está registrada em lugar algum, mas também que é expressamente estabelecido outro método para efetuar as purificações.

“Um homem limpo tomará hissopo, e o molhará naquela água, e a aspergirá sobre aquela tenda, e sobre todo utensílio, e sobre as pessoas que ali estiverem; como também sobre aquele que tocar nos ossos, ou em alguém que foi morto, ou que faleceu, ou numa sepultura”Nm 19.18

Por que alguns preferem a imersão?

Pela associação com o Batismo Católico Romano – Ser aspersionista é ser católico romano; assim, dizem os crentes modernos.

João Batista batizou no Rio Jordão – Esse tem sido o argumento dos imersionistas, pois, eles supõem que se João, o Batista, batizou em um rio, esse batismo foi por imersão.

Considerações finais

O Dr. Jacob Ditzler, um dos maiores mestres gregos dos dias modernos, diz enfaticamente em seus escritos que não existe nenhuma palavra grega para imersão no Novo Testamento.

Um argumento lógico. Deus jamais estabeleceria para sua igreja uma ordem que não pudesse ser cumprida em todo lugar.

Como praticar a imersão nos Pólos, se alguém for imerso nesta região, quando sair de dentro da água morre congelado.

O que fazer nos grandes desertos onde não há água “nem para beber”? Já para a aspersão isso é muito simples.

“É uma completa falta de discernimento bíblico afirmar que o batismo por aspersão não tenha valor. Exigir algo de alguém que não está claro na bíblia chega à beira da heresia”.

 

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