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O avanço do evangelho é o que importa


Introdução:

·     Muito provavelmente o termo “Pretório” signifique um grande quartel, em que a guarda imperial estava instalada, ou então a própria guarda imperial.

·     Paulo havia sido trazido ao quartel para os interrogatórios e as tramitações decisivas.

·     Paulo era uma pessoa idosa! Não temos notícias a respeito de seu estado pessoal. Nem mesmo uma queixa sai de seus lábios.

·     Pensa que simplesmente não vale a pena falar de sua condição pessoal.

·     Será se essa condição representava um impedimento total para seu trabalho evangelizador?

·     Paulo responde “que sua situação conduziu mais ao progresso do evangelho”.

·     Como isso é possível? Além dos filipenses, também nós queremos saber.

·     Pessoas dos dias de hoje, irmãos e irmãs de nosso meio, sofreram “situações” semelhantes e também continuarão a sofrê-las.

·     Como lidamos no íntimo com essa situação, o que ela significa para o evangelho?

·     Por que o Senhor permite que seus mensageiros enfrentem tais dificuldades? Essas perguntas são atuais.

Desenvolvimento:

·     É possível que os filipenses tenham em alguma medida se desencorajado em consequência da perseguição sofrida por seu apóstolo.

·     Paulo, mesmo preso injustamente, demonstrava que tinha interesse no avanço do Evangelho.

Interesse no avanço do Evangelho mesmo diante das dificuldades (v. 12–14)

·     As dificuldades de Paulo eram gravíssimas. O problema que enfrentava era um potencial ladrão da sua alegria.

·     Mas ele tinha a mente focada no trabalho do Senhor.

·     Paulo tinha o desejo de pregar o Evangelho em Roma, a grande cidade mundial daqueles dias.

·     Ele ansiava por chegar lá (Rm 1.15), mas chegou como um prisioneiro e não com a liberdade de pregador.

·     Paulo não permitiu que qualquer problema lhe roubasse a alegria.

·     Ele expressou a maneira como encarou os seus quatro anos na prisão em apenas uma pequena frase: “as coisas que me aconteceram…” (1.12).

·     Só um verdadeiro servo de Deus é que consegue não deixar os problemas roubarem a alegria.

·     Somente quem vê a vida do ponto de vista de Deus, é que, em vez de escrever uma carta expondo a sua penosa situação, pode se concentrar no progresso do Evangelho.

·     E você, como tem reagido diante das situações que lhe perturbam? Tem permitido que os problemas lhe roubem a alegria?

·     Somente quando tivermos a nossa mente focada no privilégio de servir no trabalho ao Senhor é que poderemos superar todo e qualquer problema.

·     Somente quando nos dermos conta de que estamos aqui tendo o grande privilégio de anunciar as boas novas de salvação é que enfrentaremos os problemas sob a ótica de Deus!

·     Paulo, em vez de se desesperar, de ficar impaciente por estar tanto tempo preso, não se deixou abater.

·     Ele tinha a mente fixada no serviço ao Senhor. Ele reagiu contra os problemas, ocupando-se principalmente com o serviço a Cristo, e, assim manteve a sua alegria.

Interesse no avanço do Evangelho mesmo em meio a pessoas contrárias

·     No meio do povo de Deus tem sempre o joio. Gente querendo atrapalhar. Gente fazendo confusão, causando problema.

·     É triste ver no meio do povo de Deus, uns querendo trabalhar e outros atrapalhando.

·     No caso de Paulo, falsos obreiros buscavam glória para si mesmos. Falsos mestres pregavam por inveja, ciúmes, rivalidade, por serem briguentos.

·     Eles queriam tomar o lugar de Paulo.

·     Em Roma havia grupos que disputavam o poder. Com a prisão de Paulo, queriam assumir o seu lugar de honra e destaque.

·     Mas em contrapartida, havia também aqueles irmãos que de boa vontade anunciavam com mais destemor o Evangelho.

·     Verso 14: “E a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus”.

·     Esses cristãos pregavam o Evangelho por amor. Pregavam com a motivação correta, sendo ousados, pois viam o proceder do próprio apóstolo, que não se deixou abater pela prisão.

·     No verso 17 encontramos, de modo claro, a maneira como Paulo via aquela situação.

·     Ele discernia que a proclamação do evangelho por ambição egoísta, por discórdia, com insinceridade, tinha o propósito de lhe causar mais tribulação.

·     Paulo conseguia discernir que o pensamento daqueles falsos pregadores era causar-lhe tristeza, supondo que assim os problemas conseguiriam roubar a sua alegria.

·     Mal sabiam eles que Paulo tinha o antídoto de um verdadeiro servo. Paulo tinha o antídoto de servir a Cristo.

Interesse no avanço do Evangelho, pois, o mais importante é que a mensagem fosse pregada (v.18)

·     Para quem tem a mente focada no privilégio de servir ao Senhor, qualquer que fosse a motivação, o importante era que o Evangelho estava sendo proclamado.

·     O principal, o mais importante, é a proclamação do Evangelho, da mensagem de salvação que pode transformar todo aquele que crê em Jesus Cristo.

·     As palavras desse verso são claras e contundentes: “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei” (1.18).

·     Paulo percebia que o conteúdo do Evangelho era mais importante do que quem o proclamava.

·     Paulo já havia declarado que o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).

·     Mesmo se houvesse motivação incorreta e insincera, ele sabia que o conteúdo do Evangelho é mais valoroso que o pregador (2Co 4.7).

·     Calvino diz: “Deus às vezes realiza uma obra admirável por meio de instrumentos perversos e depravados. Devemos, pois, regozijar-nos se Deus realiza algo que é bom pela instrumentalidade dos perversos; mas nem por isso devemos ou pôr tais pessoas no ministério, ou considerá-las como ministros legítimos de Cristo”.

·     Por isso, independentemente da motivação e de quem o proclamasse, a mensagem era poderosa para transformar qualquer vida, como havia transformado a vida dos filipenses.

·     Paulo se regozijava, se alegrava e sempre se alegraria com a proclamação do Evangelho (v. 18).

Conclusão:

1.    Dificuldades não podem atrapalhar a pregação do evangelho

·     Pandemia ou qualquer outra dificuldade não pode nos atrapalhar de pregar o evangelho.

2.    O evangelho também é pregado por pessoas que tem outras motivações

·     Muita gente tem pregado o evangelho para ver sua igreja encher de patrocinadores. Muitos tem pregado por vanglória ou para soberba.

·     Pregado por “segundas intenções” e motivos obscuros. Para nós é tanto assustador quanto consolador que ela já existisse em tal medida naquele tempo.

·     A “inveja” se intromete – entre pregadores do evangelho. Nem mesmo uma conversão autêntica simplesmente arranca a inveja.

·     Ela também se manifesta em pessoas que prestam um serviço tão sério a Jesus que nem mesmo se calam em situação de perigo.

·     Precisamos estar alertas para não sermos pessoas que atrapalham na pregação da palavra e crescimento da igreja.

·     Onde, porém, opera a inveja aparecem necessariamente ciumeiras e “discórdia”. Da inveja brota o prazer malicioso.

·     Apesar do ativo e corajoso trabalho em última análise pensam em si mesmos, em ter influência sobre a igreja.

3.    A mensagem de Cristo é mais importante

·     Paulo jamais teria se alegrado com heresias nem tampouco teria tentado superá-las com o consolo barato de que “de qualquer modo” Cristo ainda seria mencionado nelas.

·     Aqui não está em jogo o conteúdo da mensagem, mas meramente a motivação de sua proclamação.

·     Mesmo pessoas que realizam o trabalho sob a influência da inveja e do interesse próprio são de fato “arautos do Cristo”.

·     E somente por ser verdadeiro o evangelho que estas pessoas anunciam Paulo consegue desconsiderar a motivação insincera:

·     Afinal, de todas as maneiras, seja com segundas intenções, seja em verdade, é proclamado Cristo, e disso me regozijo.

·     Ainda que aquelas pessoas quisessem feri-lo pessoalmente, “que importa”? Também eles certamente colaboram para que a obra do Cristo se torne conhecida de outros.

 


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