Introdução:
O termo “sabbath” não é o nome de um dia da semana. O
princípio utilizado não foi o dia em si, mas o princípio de seis dias de
trabalho para um de descanso.
Gn 2:1-3 “Assim, pois, foram acabados os céus e a
terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua
obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E
abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra
que, como Criador, fizera”.
Na criação, o princípio utilizado não foi o dia em si, mas
o fato de um ciclo de seis dias de trabalho para um de descanso. Não há, no
quarto mandamento, qualquer orientação sobre como computar o tempo.
Os cristãos do AT trabalhavam e no sétimo dia celebravam a
espera de Cristo. Agora, os cristãos do NT, celebram sua vinda para trabalhar o
restante da semana.
O sábado veio na origem do mundo e não no Sinai
Gn 2:2-3 "E, havendo Deus terminado no dia
sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha
feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de
toda a obra que, como Criador, fizera".
Um mês antes do Sinai
Ex 15:4 "Então, disse o Senhor a Moisés: Eis
que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção
para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não".
Ex 16:23: "Respondeu-lhes ele: Isto é o que
disse o Senhor: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes
cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e
tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte".
Hoje em dia
O desprezo do dia do Senhor tem trazido graves
consequências para a família e para a igreja. As diversões, a televisão ou
mesmo a ociosidade neste dia estão levando os crentes à apatia espiritual.
Estamos sendo engolidos pelo secularismo que despreza a Deus. Precisamos voltar
para o Senhor, lembrarmo-nos do seu dia com alegria.
Na geração do descompromisso, da apatia espiritual, do
misticismo. É preciso que a igreja se arrependa. É preciso que se levante
pessoas para viver de modo digno de Deus.
É tempo de resgatar a observância fiel e zelosa do dia do
Senhor!
Desenvolvimento:
Toda humanidade clama por um dia de descanso. Isto é algo
bom para o homem. (trabalhar 7 dias direto não dá). É algo que está gravado no
coração do homem. É por isso que até o ímpio sabe disso.
O crente não profana o dia do Senhor sem ter peso na
consciência. Deus nos deu um dia da semana para cessarmos nossas atividades
comuns.
Não foi anulado
Mt 22:36-40 "Mestre, qual é o grande
mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas".
Cristo não revoga a lei, mas afirma que amar a Deus e ao
próximo é um princípio para se cumprir a lei.
O dia do Senhor é uma expressão do amor de Deus. Ele nos
proporciona oportunidade para estreitarmos nossa comunhão com ele.
O Quarto Mandamento nunca foi anulado, e nunca o será. Mt
5.18 “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem
um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”.
O dia de descanso foi estabelecido no Éden por Deus. Foi
estabelecido porque é bom para o homem um dia de descanso e é bom para Deus.
Nós precisamos do dia de descanso.
Mt. 24:20 diz: Orai para que a vossa fuga não se dê
no inverno, nem no sábado;
Ora, se não houvesse obrigação a ser seguida depois da
ascensão de Cristo, ou se não tivesse que ser separado, não haveria nenhuma
ocasião para esta aflição ou problema de que fosse necessário que fugissem no
Sabbath, e assim nenhuma causa de se erigir essa oração; o que ainda, pela
exortação de nosso Senhor, parece inferir que o Sabbath deveria ser tão
determinado em seu tempo quanto o inverno. Durham, James. A Lei
Desvendada: Quarto Mandamento (p. 18). Edição do Kindle.
Os dispensacionalistas e antinomistas declaram que o quarto
mandamento passou. Mas isso é afrontar a lei moral de Deus. Este dia já está
enraizado em nosso coração. Como o homem pode trabalhar ininterruptamente? Como
haveria o culto a Deus? (todos os dias?). Não se trata apenas de lei, mas de um
princípio.
Se todos os mandamentos do decálogo são morais, então o
quarto também é. Foram pronunciados pelo próprio Deus. Escritos com seu próprio
dedo e guardados e mantidos na arca.
No NT, eles são todos igualmente confirmados: quando a lei
em geral é citada, nenhum deles é excluído.
Mt 5:17-19 "Não penseis que vim revogar a Lei
ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos
digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei,
até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto
que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino
dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado
grande no reino dos céus".
Não há no NT nenhum mandamento a respeito de fazer imagens,
mas todos sabemos que é pecado contra Deus.
É
notável que outras ordenanças que possuem padrão criacional não foram revogadas
por Cristo, por exemplo, em Mateus 19: 4-6 Jesus responde uma pergunta dos
fariseus sobre o divórcio, apontando para o que fora estabelecido desde o
princípio, o texto bíblico afirma: “Então, respondeu ele: Não tendes lido
que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta
causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois
uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o
que Deus ajuntou não o separe o homem”.
Nesse
texto, o Senhor Jesus citou o conteúdo de Gênesis 1: 27 e 2: 24, e Hendriksen
observa: “É óbvio que Jesus considerava Gênesis 2: 24 (em conexão com
Gênesis 1: 27) como uma ordenança divina, e não como uma descrição do que
geralmente sucede na terra”.
Posteriormente,
ao responder a objeção dos fariseus sobre Moisés permitir dar carta de
divórcio, o Senhor Jesus afirma que “não foi assim desde o princípio” (Mateus
19: 8b). Notamos que as ordenanças criacionais foram mantidas por Cristo.
Sobre o
assunto, Dixhoorn corrobora: “As ações de Deus devem moldar os padrões da vida
humana. As atividades de Deus no início do tempo são um modelo para todos os
que ele criou”. Da mesma forma, o apóstolo Paulo, ao falar sobre as
responsabilidades dos homens e das mulheres na igreja, também utilizou a ordem
criacional, ele afirma: “Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva”
(1 Timóteo 2: 13).
Hendriksen
comenta que tais diretrizes não estão limitadas a circunstâncias atuais, mas
tem validade perpétua, ele escreve: “essas diretrizes acerca do papel da
mulher em relação ao culto público se baseiam não numa condição temporal ou
circunstâncias contemporâneas, mas sobre dois fatos que têm significação para
todos os tempos, a saber: o fato da criação e o da entrada do pecado”.
Assim
como tal padrão criacional foi observado por Cristo e por Paulo, infere-se que
o mesmo princípio pode ser aplicado no que diz respeito ao aspecto moral e
perene do sabbath, uma vez que observamos os esclarecimentos posteriores sobre
o assunto.
Chad
Van Dixhoorn explica o entendimento deles a respeito do sabbath: Os
puritanos distinguiam o que era cerimonial daquilo que era moral no Quarto
Mandamento. O dia a ser guardado era considerado aspecto “cerimonial” e, assim,
sujeito à mudança. O ritmo de descanso (um dia em sete) era uma ordenança
moral, que deveria ser cumprida por todos até o fim do mundo. Em outras
palavras, o mandamento não contém a observância do sétimo dia (em ordem), mas
de um sétimo dia (em frequência).
Spurgeon
afirmou: “Congregamo-nos no primeiro dia da semana em lugar do sétimo dia,
porque a redenção é até mesmo uma obra maior que a criação, e mais digna de
comemoração, e porque o descanso que seguiu à criação é superado pelo repouso
que segue à consumação da redenção”.
Hodge
exclama: “Se os homens desejam que o conhecimento desse evento seja
esquecido, então que não santifiquem o primeiro dia da semana; se desejam que o
evento seja por toda a parte conhecido e lembrado, então que consagrem esse dia
ao culto do Senhor ressurreto. Esse é o método de Deus conservar a ressurreição
de Cristo, da qual depende nossa salvação, em perpétua lembrança”.
Uso de passagens para defender a abolição do dia do Senhor
Rm 14:5-6 “Um faz diferença entre dia e dia; outro
julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem-definida em sua própria
mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o
Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e
dá graças a Deus”.
Paulo não está escrevendo sobre o santo Domingo, mas sobre
certos dias santos que os judeus observavam.
Alguns dos judeus convertidos estavam apegados às tradições
e costumes judaicos. Ainda que não tentassem impor tais tradições sobre a
comunidade cristã, alguns deles, por questão de consciência, continuaram com
tais práticas. Paulo os deixa livres para agir assim.
“Quem distingue entre dia e dia”, diz Paulo, “para o Senhor
o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come
para o Senhor não come e dá graças a Deus” (14:6)
A distinção de um dia de outro não se refere à dedicação de
um dia ou outro, sábado ou domingo, ao culto e ao repouso semanal para Deus,
porque esse não é um assunto pertencente aos símbolos do templo, ou às
representações rituais que prenunciavam o sacrifício de Cristo na cruz.
O dia de repouso é uma ordem divina incluída nos Dez
Mandamentos. Não está presente na discussão de Paulo sobre as opiniões
defendidas pelos cristãos fortes na fé contra seus irmãos débeis na fé
Gl 4:10-11 “Guardais dias, e meses, e tempos, e
anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco”.
O livro de Gálatas jamais poderá ser usado como a favor da
abolição da lei. Paulo, escrevendo o livro de gálatas, não está sendo contra a
lei, mas sim contra um sistema religioso que colocava a lei como ponto de
salvação. O livro trata da justificação pela fé em Jesus Cristo, em contraste
com o conceito dos judaizantes de que a justificação vem por meio do
cumprimento das obras prescritas no sistema judaico.
E. Huxtable vê uma similaridade entre os “dias, e meses, e
tempos, e anos” de Gálatas 4:10 e “dia de festa, ou lua nova, ou sábados” de
Colossenses 2:16. Segundo ele, “as mesmas ideias são aparentemente
apresentadas, mas em ordem inversa”.
...Paulo está aqui se referindo “aos sete sábados
cerimoniais e às luas novas do sistema cerimonial”, e as mesmas considerações
feitas sobre Colossenses 2:16 e 17 também se aplicam a este texto.
Cl 2:16-17 “Ninguém, pois, vos julgue por causa de
comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem
sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”.
Muitos sinceros cristãos têm lido este texto e ‘entendido’
que esta é uma forte evidência a favor da abolição do 4º mandamento. Ao
analisarmos seu contexto vermos que tal conclusão (abolição do sábado) não é
apoiada pelas Escrituras.
O Sábado mencionado nestas passagens não se refere ao
descanso do Sétimo Dia, mas aos sábados “cerimoniais”.
Albert Barnes, profundo comentador presbiteriano, em sua
obra Notes on the Testament, comenta Colossenses 2:16, textualmente:
“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo
ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois
não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez
Mandamentos havia cessado de ser obrigatório á humanidade. Se ele tivesse
escrito a palavra ‘O sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que
ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser
obrigatório, e que o sábado não mais deveria ser observado. Mas o uso do termo
no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande
número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte
de sua lei cerimonial e típica, e não a lei moral, ou os Dez Mandamentos.
Nenhuma parte da lei moral – nenhum dos Dez Mandamentos – poderia ser referido
como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da lei
moral, de obrigação perpétua e universal”.
Podemos ver, portanto, palavra “Sábado” está no plural,
indicando que se refere aos sábados cerimoniais. Estes sábados eram guardados
uma vez ao ano, quando o sacerdote fazia expiação pelos pecados do povo (ver
Levíticos 16:29 a 31). Em Levíticos 23:38 Deus orienta ao povo para guardarem
as festas fixas do Senhor “além dos sábados do Senhor”. Isto mostra que além
dos sábados do Senhor tinham outras cerimónias, e entre elas este Sábado anual.
Existem muitas provas de que na Bíblia são mencionados dois
tipos de Sábados; mas creio que esta passagem da Bíblia será suficiente:
Levíticos 23: 3 e 24,25.
“Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do
descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em
todas as vossas moradas”. (verso 3).
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao
primeiro do mês, tereis descanso (esta é a tradução da Palavra “Sábado” – quer
dizer “descanso”) solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação.
Nenhuma obra servil fareis, mas trareis oferta queimada ao SENHOR”. (verso
24 e 25).
O Sábado do 7º Dia, semanal, foi feito pelo criador para
comemorarmos o ato Divino da Criação; não faz parte da lei cerimonial.
“O tipo de sábado que está sendo considerado é indicado
pela frase “que são uma sombra das cousas vindouras (Col. 2:17). O sábado
semanal é um memorial de um evento do início da história da terra (Génesis 2:2
e 3; Êxodo 20:8-11; Patriarcas e Profetas, p. 31 e 32). Portanto, os “sábados”,
que Paulo declara serem sombras que apontam para Cristo, não podem referir-se
ao sábado semanal designado pelo quarto mandamento, mas devem indicar os dias
de repouso cerimonial, que encontram seu cumprimento em Cristo e no seu reino
(ver Levíticos 23:5-8, 15, 16, 21, 24, 26, 27, 28, 37 e 38).
O Sábado semanal o qual Jesus guardou (Lc 4:16) é uma
bênção; neste dia podemos repousar de nossas atividades, adorar a Deus com
maior intensidade e estar mais tempo com a família. Este sábado semanal não foi
abolido, pois é um presente de Deus para nós.
O pecado de não guardar o dia do Senhor
É realmente imoral não guardar o Dia do Senhor. O Quarto
Mandamento está em um código que proíbe a idolatria, o assassinato, o furtar, o
mentir e o cobiçar. Quebrar um mandamento da Lei significa tornar-se culpado de
todos os demais.
Tg 2.10 “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas
tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”.
As bênçãos do Dia do Senhor são visíveis a todos:
·
Recorda que existe um Deus a quem devemos adorar.
·
Dá aos crentes a oportunidade de se reunirem.
·
Fornece oportunidades para a pregação do evangelho.
·
Fortalece os laços familiares.
·
Permite que toda a nação descanse.
·
Promove a saúde da humanidade.
O que não devemos fazer
·
Não devemos imitar os fariseus.
·
Não podemos impor ao dia de descanso as regras mosaicas
cerimoniais.
·
Não devemos ter em mente uma lista de faça e não faça.
·
Não devemos fazer do domingo um fardo
·
Colocar regras. Tem igrejas que fazem do sábado um fardo.
·
Não devemos trabalhar/estudar.
·
Devemos parar de fazer aquilo que é nosso fardo diário
semanal. Trabalhar, estudar.
·
Não devemos ficar ociosos. Não foi criado para inatividade,
e sim o cessar um tipo de atividade.
O que devemos fazer
·
Devemos nos reunir com outros crentes. Devemos nos reunir
para a edificação.
·
Devemos nos lembrar do dia de descanso, para o
santificarmos. Adorar ao Senhor é nossa missão principal. Deus quer a dedicação
desse dia para si. A frequência aos trabalhos da igreja não é uma questão
opcional, mas obrigatória aos servos de Deus.
·
Devemos evangelizar. Devemos aproveitar a folga para o dia
de evangelização.
·
Devemos nos envolver em obras de misericórdia. É lícito
fazer o bem. Salvar vidas e trabalhar pelo bem-estar espiritual dos outros. O
domingo comemora o maior ato de misericórdia de todos os tempos (ressureição).
Aqueles que acham o domingo “monótono” quase sempre são pessoas que se tornaram
egoístas. Quebram todos os dez mandamentos.
·
Devemos nos envolver em obras necessárias. Foi criado para
o bem-estar do homem.
·
Devemos ter um dia feliz e alegre. Reúna-se com os amigos,
prepare boa refeição para eles, converse, caminhe, sorria. Na igreja (3h) nós
nos confraternizamos. A família deve funcionar como uma unidade religiosa no
dia do Senhor.
O Catecismo Maior de Westminster, em sua pergunta 118, é
enfático a esse respeito:
"O mandamento de guardar o dia do Senhor (domingo) é
especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores, porque
estes são obrigados, não somente a guardá-lo por si mesmos, mas a fazer que
seja observado por todos os que estão sob o seu cuidado".
Um chefe de família deve levar a família à igreja. O chefe
da família tem a responsabilidade de cuidar das almas dos de sua casa.
Conclusão:
O sábado foi instituído antes da queda. Se o homem não
caísse o sábado valeria para sempre. Se servia para o homem perfeito quanto
mais para o homem caído.
Não adianta dizer que temos que adorar todos os dias que
isto ninguém faz. Se não tivéssemos um dia para dedicar ao Senhor não haveria
adoração.
Não despreze o dia Santo do Senhor. O secularismo tem
levado muitos a profanarem. Não deixe que suas vontades façam você esquecer do
quarto mandamento. A buscarem respaldos para dizer que já passou. A igreja
precisa deste dia para adorar em conjunto ao Senhor.
"Pois temos certos dias prescritos, não simplesmente
para celebrar, como se, por nossa interrupção do trabalho, Deus fosse honrado e
agradado, mas porque é necessário para a Igreja congregar-se em um dia
determinado. Além do mais, é importante que haja um dia fixo e designado para
que as demais coisas sejam feitas em conformidade com a ordem e sem perturbação
(1 Coríntios 14.40)". Calvino, João. Institutas da Religião Cristã .
Editora Fiel.
"Mas ele foi estabelecido para que a Igreja se
congregue para as orações e os louvores de Deus, para ouvir a Palavra, para o
uso dos sacramentos (Gálatas 4.8-11; Colossenses 3.16). E, para que, mais
desembaraçados e livres, possamos dedicar-nos a essas tarefas, temos de
interromper todo o trabalho mecânico e manual, bem como todos os divertimentos
que têm a ver com a conduta desta vida". Calvino, João. Institutas da
Religião Cristã . Editora Fiel.
Vivemos uma época de crentes que desrespeitam a lei de Deus
sem um mínimo de pesar. Que não nos esqueçamos deste dia. Que não deixemos de
vir à igreja por nada. Que este seja um dia prazeroso para todos nós.
Durante toda a história da igreja, o domingo tem sido
observado como o “sabbath” dos cristãos. A evidência documental é unânime e
retrocede a 74 D. C. Durante as piores perseguições, perguntava-se aos
suspeitos de serem cristãos: “Dominicum Servasti?” (Você guarda o dia do
Senhor?) Os verdadeiros crentes respondiam: “Eu sou um cristão, não posso
deixar de fazer isso!” O que os crentes responderiam hoje?
Thomas Brooks:
“A verdadeira razão pela qual o poder da piedade tem caído
a níveis tão baixos, tanto neste como em outros países, é que o domingo não
está mais sendo observado de forma estrita e consciente... Oh! que esses
simples conselhos fossem tão abençoados pelo céu que nos impulsionassem a uma
santificação mais constante, séria e meticulosa do dia do Senhor...”
A consciência diretamente faz uso deste mandamento, da
recordação e de outras razões nele para o agravo deste pecado, quando ainda não
dirá nada quanto ao sétimo dia. Ela exige mais exatamente este primeiro dia em
sete, e qualquer razão alegada contra sua moralidade não irá aquietá-la. E,
quanto mais brandos esses cristãos forem, mais encontrarão uma pressão de
consciência para a obediência a esse mandamento e mais facilmente serão
convencidos e tristemente desafiados pela mínima quebra desse mandamento. Durham,
James. A Lei Desvendada: Quarto Mandamento (pp. 28-29). Edição do Kindle.
Ex 20:8-11 “8 Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo
dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o
teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal,
nem o forasteiro das tuas portas para dentro; 11 porque, em seis dias, fez o
SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia,
descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou”.
"Comece a não honrar o dia do Senhor e também deixará
de honrar a casa do Senhor; cesse de honrar a casa do Senhor e em breve deixará
de honrar o Livro do Senhor; deixe de honrar o Livro do Senhor e, enfim, não
prestará a Deus qualquer honra. Quando alguém estabelece para si mesmo o
princípio de não observar o dia do Senhor, eu não me surpreendo ao vê-lo
terminar a vida completamente sem Deus. É notável o que disse o Juiz Hale. Ele
disse que, enquanto ocupou o tribunal, entre todos os que foram condenados por
crime capital, encontrou apenas alguns, ao serem indagados, que não admitiram
ter iniciado sua carreira de impiedade por negligenciar o dia do
Senhor". J.C.Ryle – Uma Palavra aos Moços, São José dos Campos:
Editora Fiel, 2002. pp. 65-66.
“…O [Sabbath] não consiste em servir a Deus de uma forma
mais espiritual do que nos outros dias. Também não consistem em um estrito ‘não
toque ou não prove’, nem em perguntar: ‘Posso fazer isto ou aquilo?’ O sábado
não é uma armadilha, mas sim um dia de deleite. Não, porém, para a carne
pecaminosa. Aqueles que têm uma mentalidade espiritual irão quase sempre saber
o que favorece ou impede a espiritualidade do Sabbath e o esvaziamento deste
dia.”…Wilhelmus à Brakel – The Christian’s
Reasonable Service. Vol. III, p.146
"Outro argumento da penalidade que acompanha a
violação deste mandamento: “Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para
vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma
obra será eliminado do meio do seu povo” (Ex 31:14). Nenhuma violação de uma lei meramente
cerimonial era visitada com esta pena. Nem o descuido da circuncisão, embora
envolvesse a rejeição tanto do pacto Abraâmico e do Mosaico, e necessariamente
implicava a perda de todos aos benefícios da teocracia, foi constituído como
delito capital. A Lei do sábado, ao permanecer distinta assim, foi elevada
muito acima dos meros mandamentos positivos (cerimoniais). Foi-lhe dado um
caráter especial, não só de importância primordial, mas também de
santidade". Charles Hodge – The Fourth Commandment –
Its Design (O Quarto Mandamento)
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