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O que penso sobre marido e mulher em igrejas diferentes.


Deixo bem claro que neste post estou falando de igrejas reconhecidamente evangélicas. Sendo assim, existem algumas razões que marido e mulher apresentam para permanecerem em igrejas diferentes. 1) Quando se conheceram pertenciam a igrejas diferentes. 2) Eram da mesma igreja, porém, um dos dois resolveu sair em virtude de doutrinas.

Desenvolvimento:

Como disse no título do post, quero apresentar apenas minha opinião. Não tenho a intenção de impor ou bater o martelo acerca do assunto.

1. Uma só carne

Mc 10:5-9 “Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”.
A primeira observação que faço é que biblicamente marido e mulher tornam-se uma só carne. Com isto a Bíblia nos dá a ideia que o casamento une marido e mulher mesmo que existam divergência entre eles. Uma só carne que é indissolúvel. Nada pode separar.
Uma só carne nas decisões, na criação dos filhos, na construção do casamento e principalmente na devoção. Claro que existirão divergências entre o casal, mas isto não pode de forma nenhuma colocar em risco a união.
Falando para a igreja de Corinto, Paulo convoca os crentes a terem o mesmo pensamento para o bem da união: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. Isto nos mostra que para uma verdadeira união na igreja é preciso que consigam formar uma mesma disposição mental. Se isto é verdade para igreja, também é verdade na união de um casal.

2. Sacerdote do lar

Temos razões suficientes para entender que o homem é o sacerdote do lar. No Éden, Deus deu a ordem para Adão. Eva foi enganada pela serpente (1Tm 2.14). Porém, Deus chamou o sacerdote da família para prestar contas.

“E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gn 3.9-11).
O governo da casa é dado ao homem, tendo como modelo os oficiais da igreja. 1 Tm 3:4-5 “e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus”?).
Jó tinha consciência do seu papel como sacerdote. “Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1.4,5).
A liderança de um homem determina a qualidade de vida da sua família: “Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”. (Efésios 5:23).
O marido é o sacerdote do seu lar. A Palavra de Deus deixa claro o papel do homem como o cabeça. Ele deve assumir suas responsabilidades como o cabeça da família.

3. Acordo

O acordo sempre é o melhor caminho. Amós 3:3 “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo”? Isto implica que se o casal anda junto é porque existe um acordo entre eles. E se os dois não vão juntos para igreja? Então tenho que admitir que não houve um acordo. Mas, se houve um acordo de cada um ir para sua igreja? Bom, então, eles não andam juntos.
É claro que o casal poderá conviver muito bem cada um em uma igreja. Porém, temos que admitir que existirão momentos que haverá dificuldades. Para onde irão os filhos? Será que é interessante para o filho do casal conviver em igreja diferente da do seu pai ou sua mãe? Será que não existirá problemas no convívio familiar? Como a família participará unida da ceia do Senhor? São perguntas sérias que devem nos fazer refletir.

4. Minha sugestão

A família terá um melhor crescimento e união estando o casal e os filhos na mesma igreja. O casal deve escolher a mesma igreja para participarem, tendo os seguintes parâmetros:

Mulher!! seja bíblica e acompanhe seu marido. Ele é o sacerdote, ele é o cabeça e, a não ser que você tenha PLENAS CONVICÇÕES de que a igreja que ele participa esteja longe da Bíblia, sua obrigação é acompanhar seu marido. 
A mulher que não acompanha seu marido está reivindicando a autoridade do lar para si. O marido que tenta amenizar o conflito liberando a esposa para ir em igreja diferente, só faz aumentar cada vez mais a insegurança dela em relação ao seu sacerdócio. Na verdade, mostra que a esposa duvida de que realmente ele tenha condições de governar o lar. ISSO NÃO É BOM!!! 
Josué 24:15 “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”. Josué falou como sacerdote de seu lar. Esposa não seja insubmissa à ordenança bíblica. 
Esposa!! considere quem dos dois estuda mais a palavra de Deus. Pergunte a si mesmo se seu marido tem mais conhecimento bíblico que você. Seja franca e leve muito em consideração o conhecimento bíblico. 
Doutrinas não essenciais não são motivos para o casal viverem em igrejas diferentes. Isto só mostra a não submissão da esposa e a falta de união do casal. 
Deve ser considerado, também, qual igreja terá mais facilidade de o casal frequentar. Isto não é tão importante, mas na hora da decisão deve ser levado em conta. 

Conclusão:

Como disse no início não tenho a intenção de normatizar a conduta do casal. Todos têm suas dificuldades e peculiaridades.

O que concluo é que mesmo que o casal consiga viver em paz cada um em sua igreja, este não é a maneira correta de seguir a vida espiritual. Por tudo que falei, entendo que o casal deve andar juntos e cultuar juntos na mesma igreja.


É o que penso.

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